Quem nunca ouviu falar em dona Enedina?
Enedina Pereira da Silva, 100 anos, todo dia, desde junho, sai de casa para estudar. Ela é aluna do programa Todos Pela Alfabetização (Topa), em Ilhéus.
Ela conta que trabalhou a vida toda como doméstica ou quebrando cacau, nas roças do sul da Bahia. Agora, fala com entusiasmo das primeiras experiências como estudante. “Nunca peguei num lápis e agora estou escrevendo com caneta”.
Esforço - Na escola, é admirada pela disposição. Enedina Silva ainda faz todos os serviços de casa e se alimenta bem. “Em vez de café da manhã, todo dia bato um bom prato de feijão”. Após o almoço, gosta de descansar vendo televisão, mas seu aparelho quebrou.
Enedina Silva nasceu na Fazenda Ventura, em Itabuna, em 1909. Aos 7 anos, perdeu os pais e foi morar com parentes, no distrito de São João do Panelinha, em Camacan. Ela diz que namorou muito, mas não se casou. Engravidou aos 39 anos do único filho, Lourival Rodrigues dos Santos, de 61 anos, mas o companheiro, Júlio Rodrigues dos Santos, a abandonou.
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